sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nasa homenageia astronautas mortos em missões espaciais

Nasa homenageia astronautas mortos em missões espaciais


Em Washington
A Nasa (agência espacial americana) lembrou nesta quinta-feira os astronautas mortos nas missões Apolo I e nas naves Challenguer e Columbia, assim como os funcionários que perderam a vida em prol da exploração espacial.
Como em todos os anos, na última semana de janeiro, a agência espacial americana quer "homenagear suas vidas e lembranças", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden.
Bolden declarou que, toda vez que os homens e mulheres da Nasa sobem em uma nave espacial, não só empreendem um caminho para realizar "grandes descobertas" e abrem a possibilidade de "ampliar os limites das realizações humanas", como também arriscam suas próprias vidas.
O diretor da Nasa fará a homenagem junto com o diretor do Centro Espacial Kennedy e o ex-astronauta Robert Cabana, no memorial Space Mirror Memorial, em Cabo Canaveral, na Flórida.
Bolden espera que estes sacrifícios sirvam de inspiração para as próximas gerações e pediu aos funcionários da Nasa para que façam ouvir sua opinião e se dirijam a seus superiores para que "a segurança seja sempre prioridade".
As falhas humanas estiveram entre as causas de algum destes acidentes. Os três tripulantes do Apolo I, Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee morreram no dia 27 de janeiro de 1967 em um incêndio no módulo de comando durante um teste do dispositivo.
Apesar do desastre, o programa continuou para levar à Lua, em 16 de julho de 1969, na nave Apolo 11, os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.
Já a nave Challenger se desintegrou em 28 de janeiro de 1986, pouco mais de um minuto após seu lançamento no Centro Espacial Kennedy. Entre os sete tripulantes que morreram estava Christa McAuliffe, uma professora que fazia parte de um projeto da Nasa para levar a ciência aos estudantes.
A tragédia causou um grande impacto na sociedade americana, o que levou a Nasa a realizar uma revisão em todos os seus sistemas e procedimentos centrada na segurança.
No entanto, em fevereiro de 2003, os Estados Unidos enfrentaram outra tragédia espacial, quando os sete tripulantes da nave Columbia morreram no momento em entraram na atmosfera terrestre.
O presidente americano, Barack Obama, também falou sobre os astronautas e suas famílias e, em comunicado, destacou que aqueles que perderam sua vida em nome da exploração espacial "nos ajudaram a chegar até aqui e é nosso dever honrá-los (...) concentrando-se no futuro".
"A perda destes pioneiros é sentida todos os dias por suas famílias, amigos e colegas, mas nos consolamos ao saber que seu espírito seguirá nos inspirando para novas metas", continuou.
A Nasa está se preparando para realizar voos além da órbita terrestre e alcançar um asteroide, em 2025, além de realizar os primeiros voos tripulados a Marte, em 2030.

Pedra trazida pela Apolo 11 revela novos dados sobre a Lua

Pedra trazida pela Apolo 11 revela novos dados sobre a Lua


Em Washington
A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra - causado por metais líquidos - durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apolo 11 publicado na última quinta-feira (26).
A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apolo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.
Foto 82 de 82 - A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra - causado por metais líquidos - durante mais tempo do que se pensava, de acordo com estudo de uma rocha lunar trazida por astronautas da nave Apolo 11. A descoberta sugere que o satélite teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo Mais EFE
O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação.
Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.
Na edição desta semana da revista "Science", Erin Shea, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apolo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos.
Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.
Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual.
Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade.