quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os primeiros planetas do tamanho da Terra são descobertos

E a revolução continua... depois da descoberta do 1º planeta rochoso, do 1º planeta na "zona habitável",  astrônomos anunciaram hoje (dia 20) que encontraram dois planetas de tamanho muito próximo da Terra em órbita de uma estrela similar ao Sol. Um dos planetas é apenas 3% maior do que a Terra e o outro, 13% menor, de proporção um pouco inferior à de Vênus. As informações foram publicadas no periódico britânico Nature
Os cientistas acreditam que os planetas têm composição rochosa similar à da Terra, mas eles orbitam tão perto de sua estrela, a Kepler-20, que a temperatura provavelmente seria alta demais para possibilitar a vida. O planeta maior, Kepler-20f, completa um ano em 19,5 dias e deve ter uma atmosfera espessa de vapor d'água, enquanto o menor, Kepler-20e, dá uma volta completa na estrela em apenas 6,1 dias. 
NASA/JPL-Caltech/T. Pyle

A descoberta dos dois planetas alienígenas foi uma façanha técnica. Eles são os menores exoplanetas encontrados desde que o primeiro mundo além do Sistema Solar foi detectado oficialmente, em 1995. Sua distância também é enorme: a estrela Kepler-20 fica a 3.900 anos-luz da Terra. 

Até agora, 708 planetas foram detectados em 534 sistemas solares, segundo um cálculo compilado pela Enciclopédia de Planetas Extra-solares. Quase todos são gigantes gasosos ou estão situados perto ou longe demais da estrela para permitir que haja água - substância que permite a existência de vida - em estado líquido. 


Apenas três foram confirmados como rochosos e orbitam a zona habitável, onde a temperatura é agradável. Dois deles, Gliese 581d e HD 85512b, orbitam estrelas mais frias e menores que o Sol. O terceiro é o Kepler-22b, anunciado em 5 de dezembro, com 2,4 vezes o tamanho da Terra e orbitando uma estrela similar ao Sol a cada 290 dias. 


Os astrônomos também notaram uma coisa interessante, que desafia o que sabemos sobre a formação de planetas. Por aqui, os astros rochosos e pequenos (como Terra, Marte, Vênus e Mercúrio) ficam mais perto do Sol enquanto os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) ficam mais longe. No sistema de Kepler 20, no entanto, a organização é intercalada entre planetas grandes e pequenos.


Fonte: 

Da Terra para as Estrelas: Os primeiros planetas do tamanho da Terra são desc...

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Marte: quais os próximos passos de exploração?

Por Natasha Romanzoti em 28.11.2011 as 14:00 RSS RSS Feeds

A NASA lançou sua mais nova e completa nave sábado passado (26) para Marte, marcando um passo importante para seu ambicioso objetivo de enviar seres humanos para o planeta um dia.

A nave Curiosity decolou da Flórida e, depois de uma jornada de 8 meses e meio, vai chegar ao planeta vermelho em agosto de 2012. Uma vez em Marte, Curiosity vai investigar se o planeta é ou já foi habitável.

A nave está equipada com 10 instrumentos diferentes que lhe permitem escavar, perfurar, e disparar um laser em rochas para examinar a composição química do solo e da poeira marcianos.

A missão vai ajudar os cientistas a entender o ambiente e a atmosfera de Marte, o que será essencial para o planejamento de uma missão tripulada ao planeta. “O objetivo é enviar seres humanos a Marte e trazê-los de volta com segurança e, para isso, nós realmente precisamos saber sobre as propriedades da superfície”, disse Doug Ming, coinvestigador da missão.

Essas análises vão ajudar a resolver duas questões-chave para uma futura missão tripulada: como as tempestades de poeira de Marte podem afetar os veículos e equipamentos, e quais são os possíveis efeitos tóxicos da poeira de Marte.

A NASA planeja enviar humanos a Marte em meados da década de 2030. Mas antes disso, muitas questões importantes sobre o planeta terão de ser respondidas. “Outra investigação fundamental é determinar se existem recursos em Marte que podemos usar para missões humanas”, disse Ming.

Dados da missão devem pintar uma imagem mais clara do ambiente de Marte, incluindo se oxigênio e água podem ser extraídos da água congelada subterrânea, ou até mesmo da própria atmosfera.

Uma missão tripulada a Marte também vai ser uma tarefa longa, que exige que os planejadores investiguem o cultivo de alimentos no planeta para a tripulação. Ao examinar as propriedades da superfície de Marte, Curosity irá explorar essa possibilidade.

A nave está também equipada com um instrumento que medirá a quantidade de radiação na superfície marciana, o que poderia ser um obstáculo para uma futura missão humana.

“Estudos anteriores sobre o efeito da radiação espacial e a ligação com o câncer sugerem que nossa tolerância para voos espaciais de longa duração é quase tão longa quanto é preciso para chegar a Marte”, disse John Charles, um cientista da NASA.

Isso deixaria os astronautas em risco dependendo da duração da sua estadia no Planeta Vermelho, além da viagem de volta a Terra. Cientistas da NASA continuarão a estudar a radiação espacial, bem como outras preocupações de saúde em voos espaciais longos.

Os pesquisadores também estão realizando estudos de tecnologia de propulsão, na esperança de desenvolver uma forma mais eficiente de viajar de e para Marte, o que irá reduzir a quantidade de tempo no espaço.

Mas, antes que os humanos coloquem o pé em Marte, a NASA e a Agência Espacial Europeia devem completar uma série de missões robóticas para pegar amostras do Planeta Vermelho, como um esforço conjunto para analisar o solo de Marte e obter uma maior compreensão das condições do planeta.

Em um clima cada vez mais difícil quanto ao orçamento, os detalhes desse esforço conjunto ainda estão sendo trabalhados. Atualmente, a NASA pretende lançar essa série de missões robóticas, anteriores às tripuladas, entre 2016 e 2018.[Space]